Efeito do uso associado de imunoestimulante a anti-helmíntico na verminose ovina experimental por meio da detecção de IgE sérica
Obra: Efeito do uso associado de imunoestimulante  a anti-helmíntico na verminose ovina experimental por meio da  detecção de IgE sérica 
          Autores:  Lúcia Jamli Abel / Priscila Martins Andrade Denapoli
Resumo
Infecções  por helmintos gastrintestinais são a mais importante doença em ovinos em vários  países do mundo. A emergência de resistência aos anti-helmínticos em ovinos tem  levado a buscas por novas alternativas terapêuticas. Recentes resultados do  nosso Grupo mostraram que a imunossupressão prévia de ovinos com  ciclosfosfamida promove o desenvolvimento de uma helmintíase mais severa. Os  imunoestimulantes estão sendo utilizados com o objetivo de aumentar a resposta  imune de animais em risco de infecções e têm mostrado benefícios quando associados  a anti-helmínticos. 
          A  indução de IgE é considerada como um importante fator na resposta imune do  hospedeiro a infecções por helmintos em mamíferos. Neste estudo, 12 ovinos  foram infectados com 10.000 larvas L3 por via oral no dia 0, tratados no 35º dia e divididos em 3 grupos: I - animais tratados com imunoestimulante INFERVAC  (P. acnes e LPS) e  anti-helmíntico; II - animais tratados com anti-helmíntico e III - animais  tratados com salina. Durante a infecção, os animais que receberam  anti-helmíntico associado a imunoestimulante tinham níveis maiores de  anticorpos IgE no soro em relação aos animais tratados somente com  anti-helmíntico e grupo controle.
          Redução significativa no OPG foi evidenciada a partir do 42º dia da  infecção nos grupos I e II, no 48º dia entre os grupos (I x  III p= 0,001 e II x III p=0,004) e 53º dia (I x III p=0,002;  II x III p=0,004). Os resultados  sugerem que anti-helmíntico associado a imunoestimulante podem ser efetivos no  tratamento de infecções gastrintestinais em ovinos por meio da estimulação de  anticorpos IgE.