Autor(a): Ulisses Carrer
Orientador(a): Selene Dall´Acqua Coutinho
Data da defesa: 19/06/2018
Resumo: Os dermatófitos compõem um grupo de fungos que infecta tecidos queratinizados de animais e humanos, parasitando as camadas superficiais da epiderme. Conquanto tenham se adaptado ao parasitismo, podem viver livremente na natureza como sapróbios. Utilizam a queratina como substrato, pois secretam queratinases e a presença dessas enzimas permite que eles parasitem estruturas como cabelos, pelos, pele, unhas, chifres, cascos e penas. Até o momento, são consideradas 40 espécies de dermatófitos pertencentes aos gêneros Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. São classificados em antropofílicos, zoofílicos e geofílicos, sendo seu habitat natural respectivamente, homens, animais e solo. Uma vez que as dermatofitoses podem ser transmitidas entre animais e homens são zoonoses e representam importância em Saúde Pública. Os dermatófitos geofílicos, embora presentes no solo, também podem ocasionar infecções no homem e outros animais. Parques e praças são lugares públicos utilizados para o lazer e nesses locais há risco de ocorrer infecção por contato com o solo contaminado. O objetivo deste trabalho foi pesquisar no solo de praças/parques públicos da cidade de São Paulo a presença de fungos dermatófitos. Foram visitados 25 parques/praças das cinco regiões geográficas da cidade, realizando-se colheita em quatro ou cinco pontos diferentes de cada um deles, totalizando 124 amostras. As amostras de solo foram refrigeradas, enviadas ao Laboratório de Biologia Molecular e Celular da UNIP e, conforme a técnica de Vanbreuseghem, foram acondicionadas em placas de Petri, nas quais foram depositados fios de crina de cavalo, água destilada e solução de extrato de leveduras; todo o material previamente esterilizado. As amostras foram incubadas a 25ºC por até quatro semanas. Fios de crina com crescimento de bolores foram implantados em placas de ágar Mycosel e os fungos isolados foram submetidos ao microcultivo em lâmina e coloração destas com azul de lactofenol-algodão. Realizou-se identificação fenotípica, com base na macro e micromorfologia dos isolados. Dermatófitos foram isolados em 88,0% (22/25) dos parques/praças visitados. Em relação ao total de amostras pesquisadas, 51,6% foram positivas para dermatófitos (64/124). Verificou-se alta frequência de fungos dermatófitos independentemente dos locais amostrados nos parques/praças. Apenas espécies geofílicas foram isoladas, sendo Microsporum gypseum a mais frequente, observada em 89,1% (57/64) e Trichophyton ajelloi em 10,9% (7/64) das amostras positivas. Na cidade de São Paulo é prática comum buscar o lazer em parques/praças, possibilitando a interação meio ambiente-homem-animais. As pessoas, especialmente, as crianças e animais que têm contato maior com o solo, estão sujeitos a adquirir dermatofitose pelos agentes geofílicos encontrados no ambiente como verificado na presente pesquisa. Além disso, os animais de estimação, em particular os cães, podem carrear estes fungos em seus pelos para o interior das residências, constituindo-se em fontes de infecção para homens e outras espécies. Conclui-se que, o solo dos parques/praças visitados na cidade de São Paulo, embora inanimado, torna-se veículo de transmissão por contato indireto de dermatofitose aos homens e animais.
Palavras-chave: Dermatofitoses; Dermatófitos; Praças; Parques; Solo.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Renato Tessare Piccolo
Orientador(a): Maria Martha Bernardi
Data da defesa: 25/06/2018
Resumo: A pesquisa científica não deve infringir o bem-estar dos animais em experimento. A busca de protocolos anestésicos mais eficazes e seguros visa dar mais qualidade de vida para ratos de laboratório, gerando pouco ou nenhum sofrimento dos animais durante a execução dos experimentos. Embora ainda não seja possível erradicar todos os tipos de experimento que utilizem animais, deve-se minimizar o sofrimento nas práticas biomédicas. O objetivo deste estudo foi comparar efeitos de três protocolos anestésicos em ratos, por meio do tempo de anestesia cirúrgica, propiciando o bem-estar quando submetidos aos experimentos. Cada grupo de oito ratos machos recebeu um protocolo diferente: (1) protocolo ACXT – acepromazina (2 mg/kg), cetamina (100 mg/kg), xilazina (2,5 mg/kg) e tramadol (10 mg/kg); (2) protocolo ACXMe – acepromazina (2 mg/kg), cetamina (100 mg/kg), xilazina (2,5 mg/kg) e metadona (0,5 mg/kg), e (3) protocolo ACMiMe – acepromazina (2 mg/kg), cetamina (100 mg/kg), midazolam (5 mg/kg) e metadona (5 mg/kg). Foram monitoradas a temperatura corporal, a pressão arterial, a capnografia, as frequências cardíaca, de pulso e respiratória, avaliando perdas e retornos dos reflexos, inclusive o reflexo de dor para garantir o bem-estar dos animais quando submetidos aos experimentos. Ratos anestesiados com o protocolo (1) ACXT permaneceram 46 minutos em plano anestésico cirúrgico, enquanto ratos anestesiados com o protocolo (2) ACXMe permaneceram 1 hora e 3 minutos em plano anestésico cirúrgico. Ratos anestesiados com o protocolo (3) ACMiMe tiveram taxa de mortalidade de 75% (6/8). Nos protocolos (1) ACXT e (2) ACXMe, todos atingiram plano anestésico cirúrgico, analgesia adequada e não ocorreu óbito (0/16). Os protocolos (1) ACXT e (2) ACXMe refinaram os protocolos anestésicos utilizados em ratos de laboratório, humanizando procedimentos e dando ênfase no bem-estar.
Palavras-chave: Cetamina; Acepromazina; Tramadol; Xilazina; Metadona; Bem-estar.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Sandra Augusta Gordinho Pinto
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 02/08/2018
Resumo: Os medicamentos homeopáticos Silicea terra e Zincum metallicum são capazes de modular a atividade macrofágica em camundongos. Ambos os medicamentos foram avaliados para a determinação de seus efeitos sobre a interação macrófago-bacilos Calmette-Guérin (BCG), em especial na internalização bacteriana, na produção de NO e peróxido de hidrogênio e na atividade lisossômica. Macrófagos RAW 264.7 foram infectados com BCG, tratados com diferentes diluições homeopáticas de Silicea terra e Zincum metallicum (6, 30 e 200cH) e avaliados após 24 e 48 horas. Os resultados mostram que o tratamento das células infectadas apenas com o veículo dinamizado resultou na inibição da produção de peróxido de hidrogênio, de forma a retornar aos níveis exibidos pelos macrófagos não infectados. Apenas a Silicea terra 200cH mostrou redução significante da produção de peróxido de hidrogênio (p<0,001) em relação ao veículo, bem como maior atividade lisossômica (p≤0,001). Tais efeitos foram considerados como específicos deste medicamento e compatíveis com seu uso clínico tradicional. A quantidade de bacilos internalizados foi inversamente proporcional à diluição do Zincum metallicum, sendo significante a interação estatística entre ambos (p=0,003). Dessa forma, o Zincum metallicum 6cH apresentou maior internalização. Contudo, tal linearidade não foi observada no tratamento com a Silicea terra, cujo pico de internalização foi visto no tratamento com Silicea terra 30cH, acompanhado de degeneração celular, conforme confirmado pela ultraestrutura. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos em relação à produção de NO. A análise físico-química dos medicamentos mostrou grande variabilidade no tamanho de micropartículas em suspensão, com marcante coalescência das mesmas nas potências 200cH de ambos os medicamentos. Ouro e chumbo foram predominantes nas micropartículas presentes nas preparações de Silicea terra 6cH e Zincum metallicum 200cH, respectivamente, mas sem relação com efeitos biológicos. Os efeitos de Silicea terra 200cH e Zincum metallicum 6cH foram os mais relevantes, em particular os da Silicea terra 200cH por estarem associados à maior atividade macrofágica com menor produção de peróxido de hidrogênio, o que poderia representar maior eficiência bactericida com menor stress oxidativo nas lesões inflamatórias crônicas.
Palavras-chave: Homeopatia; Macrófagos; Zincum metallicum; Silicea terra; BCG.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Anderson Amaro Melo Dos Santos
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 03/08/2018
Resumo: A esquizofrenia é uma desordem psiquiátrica de origem multifatorial que acomete cerca de 1% da população mundial. Estudos epidemiológicos indicam menor incidência de câncer em pacientes esquizofrênicos. Além de um importante componente genético, aspectos ambientais estão relacionados ao aparecimento da condição, sendo a infecção materna durante a prenhez um dos fatores de risco. Neste estudo foi avaliado o crescimento tumoral em animais submetidos ou não a modelo murino de esquizofrenia, fundamentado na influência permanente de infecção pré-natal sobre a prole de camundongos, em um período com efeitos que simulam a esquizofrenia. Os parâmetros avaliados foram o volume neoplásico, histopatologia, atividade proliferativa tumoral, vascularização, matriz extracelular e expressão de COX-2 por leucócitos infiltrantes. Foram utilizadas as progênies de camundongos Swiss, totalizando 54 animais, machos e fêmeas. As matrizes foram inoculadas ou não ao nono dia de prenhez com Poli-I:C. Aos 2 meses de idade suas progênies receberam subcutaneamente suspensão contendo 5,0 x 106 células do tumor de Ehrlich. Após 30 dias de inoculação, os tumores foram excisionados, mensurados e submetidos à avaliação histológica, histoquímica e imuno-histoquímica. Houve diferença estatisticamente significante relativa ao volume tumoral, porém sem diferença quanto à atividade proliferativa de suas células, sendo os tumores presentes em animais do grupo experimental em média menores, com maior densidade microvascular, maior deposição de matriz extracelular e menor expressão de COX-2. Tais achados corroboram os relatos de restrição ao crescimento tumoral em pacientes esquizofrênicos, reforçando a ação do Poli-I:C no nono dia de prenhez como modelo desse transtorno psiquiátrico. Particularmente, as alterações na quantidade e padrão de deposição de elementos da matriz extracelular podem alterar as interações mecânicas e potencialmente a expressão gênica nesse microambiente, interferindo na sinalização celular e na evolução tumoral. Também a resposta inflamatória apresenta sinais de modulação, com uma menor expressão leucocitária de COX-2 no microambiente tumoral no grupo experimental, interferindo potencialmente na sobrevida das células tumorais. Por fim, merece referência a presença de alterações também na composição da matriz extracelular em regiões encefálicas no paciente esquizofrênico, sugerindo uma participação ativa da matriz extracelular na modulação de diferentes processos no paciente esquizofrênico.
Palavras-chave: Tumor de Ehrlich; Esquizofrenia; Microambiente tumoral; Matriz extracelular.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: CLININFEC - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Rosemary Aparecida de Souza
Orientador(a): Elizabeth Cristina Pérez Hurtado
Data da defesa: 22/08/2018
Resumo: As doenças cardiovasculares são consideradas na atualidade a principal causa de morte na população mundial, uma vez que níveis pressóricos elevados são um dos principais sintomas para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares; o monitoramento de populações em risco por profissionais de Enfermagem é de extrema importância para estabelecer novas abordagens para prevenção e tratamento destas doenças. Assim, o objetivo do presente trabalho foi determinar a prevalência de níveis pressóricos elevados nos indivíduos atendidos na Clínica de Enfermagem da Universidade Paulista, Campus São José dos Campos, no período de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo de caráter transversal, com abordagem quantitativa e análises de dados populacionais, desenvolvidos com indivíduos adultos cadastrados em livros de registros e prontuários. Análises dos dados considerando somente 2.363 indivíduos que receberam atendimento básico no período de 2013 a 2017, 58% deles correspondem ao gênero feminino, são, em maioria, de raça branca 70,6%. Em relação à pressão arterial, somente 10% desta população apresentou níveis pressóricos elevados, dos quais 54,9% são do gênero masculino e 45,1% do gênero feminino, com média de idades de 50 e 53 anos, respectivamente. Considerando o índice de massa corporal (IMC) dos indivíduos com níveis pressóricos elevados, 56,5% dos indivíduos apresentaram algum grau de obesidade e 33,9% foram considerados com IMC normal. Em conjunto, os dados obtidos no presente trabalho permitiram caracterizar o perfil dos indivíduos que frequentam a Clínica de Enfermagem e determinar a prevalência e possíveis fatores de risco associados à presença de níveis pressóricos elevados. Além disso, este estudo permitiu também observar a necessidade de ajustes nas coletas e armazenamentos de dados para otimizar o atendimento e implementar novos planos de ação para prevenção e controle de doenças de alta prevalência como são as doenças cardiovasculares
Palavras-chave: Doenças cardiovasculares; Hipertensão arterial; Fatores de risco; Doenças crônicas; Frequência populacional.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Autor(a): Vanessa Xavier
Orientador(a): Elizabeth Cristina Pérez Hurtado
Data da defesa: 23/08/2018
Resumo: O câncer define-se, em geral, como a proliferação anormal e descontrolada das células, por alterações no DNA que leva à formação de tumores. O câncer de mama é o tipo mais comum e o segundo mais letal na população feminina no mundo todo, devido principalmente à presença de metástases, que caracterizam o tipo mais agressivo da doença. Diversos estudos têm mostrado que interações entre células tumorais e macrófagos no microambiente tumoral são relevantes para aquisição de um fenótipo mais agressivo. Entretanto, até o momento, são inexistentes os trabalhos mostrando a produção de vesículas extracelulares (EVs) durante estas interações. Assim, o intuito do presente trabalho foi avaliar e caracterizar vesículas extracelulares produzidas por células de adenocarcinoma mamário 4T1 antes e após interação com macrófagos em modelo in vitro. Para isto, EVs produzidas por células 4T1 antes e após interação com macrófagos RAW 264.7 foram coletadas e submetidas, tanto a análises físico-químicas como biológicas, para sua caracterização e avaliação de seus efeitos sob macrófagos. Análises de microscopia eletrônica de varredura e quantificação proteica mostraram que células 4T1 após contato com macrófagos tem redução na produção de EVs e possuem menor capacidade de migração quando comparadas com células 4T1 que não entraram em contato com macrófagos. A caracterização das EVs por análises de rastreamento de nanopartículas (NTA) e por citometria de fluxo revelaram que as EVs produzidas são em maioria de tamanhos entre 100 a 200 nm com quantidades semelhantes de exossomos e microvesículas. Em relação ao efeito biológico, macrófagos tratados com EVs principalmente, aquelas produzidas por células 4T1 antes da interação com macrófagos apresentaram aumento tanto no índice fagocítico como na capacidade de eliminação do material fagocitado. Em conjunto, os resultados aqui apresentados sugerem que macrófagos modulam a produção de EVs nas células 4T1, estas EVs por sua vez, podem ser as responsáveis diretas pelo perfil mais agressivo das células 4T1. Portanto, a redução da produção de EVs por células 4T1, induzida pelo contato com macrófagos pode ser um mecanismos promissor para o controle de tumores altamente agressivos, como é o adenocarcinoma mamário.
Palavras-chave: Câncer de mama; Vesícula extracelular; Macrófagos.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Autor(a): Débora de Oliveira Mares Silvestro
Orientador(a): Elizabeth Cristina Pérez Hurtado
Data da defesa: 23/11/2018
Resumo: Na maioria dos tumores, os macrófagos representam a maior população de células do sistema imunológico presente no microambiente tumoral. Na dependência do estímulo que recebem, os macrófagos podem polarizar-se em dois grupos funcionais distintos: M1 (pró-inflamatório) ou M2 (imunossupressor). Os macrófagos associados ao tumor (TAMs) compartilham características fenotípicas do perfil M2, favorecendo a progressão tumoral e formação de metástases. Entretanto, ainda não estão completamente elucidados os mecanismos pelos quais células tumorais influenciam o padrão de polarização dos macrófagos no microambiente tumoral. Assim, o intuito do presente estudo foi avaliar in vitro a influência das células de adenocarcinoma mamário no perfil de ativação e capacidade funcional dos macrófagos, seja por fatores solúveis ou por interações físicas. Para isto, macrófagos foram cultivados sozinhos, ou com células de adenocarcinoma mamário 4T1, ou com o sobrenadante de cultura de células tumorais por 48 horas, para caracterização fenotípica por citometria de fluxo e análises morfológicas por microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal. Para avaliação da capacidade funcional dos macrófagos após interações físicas ou mediados por fatores solúveis, macrófagos após culturas foram purificados por cell sorter e, em seguida, submetidos a ensaios in vitro de fagocitose com leveduras de Saccharomyces cerevisiae. Sobrenadantes de cultura foram coletados para dosagens de oxido nítrico (NO), peróxido de hidrogênio (H2O2), citocinas do padrão Th1/Th2/Th17 e quantificação de metaloproteases 2 e 9. Resultados obtidos nesses ensaios e apresentados no presente trabalho em formato de artigo sugerem que tanto interações físicas com células de adenocarcinoma mamário como exposição aos fatores solúveis produzidos por elas, modularam o perfil de ativação e capacidade funcional dos macrófagos.
Palavras-chave: Câncer de Mama; Microambiente Tumoral; Fagócitos; Perfil M1/M2; Interações Físicas; Metaloproteases.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Jefferson de Souza Silva
Orientador(a): Selene Dall'Acqua Coutinho
Data da defesa: 30/11/2018
Resumo: O gênero Malassezia compreende leveduras potencialmente patogênicas, dentre elas duas se destacam como causadoras de infecções humanas e animais, M. furfur e M. pachydermatis, respectivamente. Embora, no geral, os antifúngicos utilizados no tratamento sejam eficientes, existem relatos de resistência de espécies de Malassezia aos azóis, justificando a pesquisa de novos fármacos que possam ser empregados nessas micoses. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antifúngico de plantas brasileiras. Dois mil duzentos e quarenta extratos vegetais orgânicos e aquosos, obtidos por maceração, foram testados na concentração de 100 mg/mL, contra M. pachydermatis e M. furfur utilizando os testes de disco-difusão em ágar e microdiluição em caldo. A ação de inibição dos extratos foi avaliada empregando-se anfotericina B como controle positivo. Dos 2.240 extratos testados, 15 mostraram atividade (0,7%), sete (0,3%) contra M. furfur e 11 (0,5%) contra M. pachydermatis. No teste de disco-difusão, três dos extratos mostraram ação contra as duas espécies da levedura e foram provenientes dos frutos de Zygia trunciflora (Leguminosa-Mimosoideae), caule, folhas e frutos de Laureaceae e caule de Himatanthus attenuatus (Apocynaceae). Constatou-se que o extrato com melhor ação de inibição de ambas as espécies foi obtido de H. attenuatus, que demonstrou halos significativamente superiores aos da anfotericina B. Já na microdiluição em caldo, a maior atividade contra ambas as espécies foi verificada com Zygia trunciflora. Os resultados indicam que vários extratos testados apresentaram ação antifúngica contra M. pachydermatis e M. furfur, com potencial de utilização nas clínicas médicas veterinárias. Entretanto, os achados experimentais in vitro podem não corresponder à sua atividade in vivo, havendo necessidade de estudos de sua interação e toxicidade com o hospedeiro, antes de se recomendar sua utilização.
Palavras-chave: Produtos Naturais; Plantas Medicinais; Antifungigrama; Leveduras.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Autor(a): Ericka Patricia da Silva
Orientador(a): Thiago Berti Kirsten
Data da defesa: 17/12/2018
Resumo: O camundongo mutante recessivo bate-palmas (BALB/cbapa, ou bapa), obtido pelo agente químico ENU, apresenta mutação no gene Kmtd2s (Mll2). A síndrome de Kabuki pode ser causada por mutação neste gene e caracteriza-se também pela maior susceptibilidade às infecções na infância, associadas a prejuízos na fala. Estudamos o bapa em fases de desenvolvimento quanto à susceptibilidade a infecções, comportamento doentio e sua comunicação. Foi administrada uma dose de LPS por camundongo bapa e controles (BALB/c, ou balb) machos e fêmeas, nos dias de vida pós-natal (PND) 30-32 (período pré-púbere). Eles foram avaliados quanto à atividade geral em campo aberto e vocalização ultrassônica (comunicação). Eles foram desafiados com uma dose de LPS nos PND45-47 (puberdade) e avaliados para os mesmos parâmetros. Nos PND30-32: (1) o LPS induziu comportamento doentio (parâmetros comportamentais e expressão astrocitária); (2) os bapa apresentaram maior atividade motora/exploratória; (3) os bapa apresentaram menos comportamento doentio (parâmetros comportamentais e expressão astrocitária); (4) as balb fêmeas foram mais sensíveis ao LPS que os balb machos, porém, os bapa machos foram mais sensíveis ao LPS que as bapa fêmeas. Nos PND45-47: (1) a exposição prévia ao LPS reduziu o comportamento doentio (tolerância); (2) os bapa desafiados com LPS apresentaram maior resposta comportamental doentia (parâmetros comportamentais e expressão astrocitária); (3) os camundongos machos apresentaram maior atividade motora; (4) os balb machos desafiados pelo LPS apresentaram redução do comportamento doentio devido à tolerância ao LPS administrado; (5) os bapa machos não desenvolveram tolerância ao LPS. Foram observadas vocalizações ultrassônicas de 31 kHz somente em fêmeas (balb e bapa) nos PND30-32 não expostas ao LPS. Assim, o LPS induziu comportamento doentio e a exposição prévia pode ter gerado uma resposta de tolerância. Os mutantes bapa apresentaram hiperatividade dopaminérgica bem como maior resposta comportamental doentia, corroborando nossa hipótese de modelo experimental da síndrome de Kabuki. O estudo das vocalizações ultrassônicas parece ter encontrado um padrão em camundongos ainda não reportado.
Palavras-chave: Lipopolissacarídeo; Comportamento doentio; Vocalização ultrassônica; Campo aberto; GFAP; Dimorfismo sexual.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
Autor(a): Paloma Kelly de Souza Belo
Orientador(a): Paulo Ricardo Dell' Armelina Rocha
Data da defesa: 17/12/2018
Resumo: Encephalitozoon cuniculi é um fungo formador de esporos, patógeno intracelular obrigatório, que causa a doença oportunista encefalitozoonose, em ambos os animais domésticos e selvagens e em humanos imunocomprometidos. O diagnóstico clínico da encefalitozoonose é desafiador, pois a sintomatologia da doença é inespecífica e não exclui outras doenças concomitantes, sendo recomendado o uso de exames laboratoriais para o diagnóstico etiológico. O presente estudo objetivou utilizar as metodologias histoquímicas hematoxilina e eosina (HE), Gram-Chromotrope, Fluorescência Calcoflúor e a imuno-histoquímica (IHQ) para a identificação e quantificação dos esporos de E. cuniculi no fígado e pulmões de camundongos infectados experimentalmente e imunossuprimidos com ciclofosfamida em diferentes doses. Todas as metodologias histoquímicas e IHQ acima mencionadas marcaram os esporos de E. cuniculi, entretanto, houve marcação inespecífica de outras estruturas nas metodologias HE, Calcoflúor e Gram-Chromotrope, impossibilitando a quantificação dos esporos. Além disso, foi verificada associação entre um maior número de esporos de E. cuniculi com maiores doses de ciclofosfamida. Os resultados indicam que a IHQ é um método eficaz e recomendado para o diagnóstico etiológico e para a quantificação de E. cuniculi em amostras de tecidos com suspeita de encefalitozoonose. Devido à baixa sensibilidade e especificidade, sugerimos que as metodologias histoquímicas HE, Calcoflúor e Gram-Chromotrope sejam utilizadas como metodologias complementares ou de triagem para o diagnóstico etiológico da encefalitozoonose em amostras de tecidos com suspeita de encefalitozoonose.
Palavras-chave: Encefalitozoonose; Encephalitozoon cuniculi; Histopatologia; Imuno-histoquímica.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e Doenças Infecciosas Veterinárias.
Autor(a): Edna Cristiane da Matta
Orientador(a): Paulo Ricardo Dell'Armelina Rocha
Data da defesa: 18/12/2018
Resumo: A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença severa e imunomediada, sem tratamento até o presente momento e causada pelo Coronavirus felino (FIPV). Causa vasculite imunomediada, hepatite, nefrite, meningoencefalite, serosite, uveíte, pericardite, linfoadenite, esplenite e pneumonia. Quando há suspeita de PIF, as amostras de tecidos devem ser colhidas para exame histopatológico. A IHC pode ser utilizada para diagnóstico etiológico post-mortem em amostras de tecido, localizando-se os antígenos do FIPV, associados às lesões inflamatórias. O objetivo deste trabalho foi diagnosticar a PIF em gatos da cidade de São Paulo, Brasil. Foram incluídos no estudo 11 gatos, que vieram a óbito. Os animais foram submetidos à necropsia, avaliação histopatológica e IHC para FIPV. Foram observadas lesões anatomopatológicas características de PIF, principalmente nos rins, intestinos (delgado e grosso), fígado, pâncreas, linfonodos, baço, olhos, sistema nervoso central, pulmões e coração. As lesões anatomopatológicas nos animais do presente estudo foram características, o que sugeriu que o animal estivesse com a PIF. Foram observados infiltrados inflamatórios predominantemente linfoplasmocitários multifocais, com intensidade variada, por vezes associados à necrose e fibrina e em diferentes sistemas. A IHC demonstrou associação das lesões microscópicas com a marcação do FIPV. No Brasil, o diagnóstico da PIF tem sido negligenciado, portanto, estudos que identifiquem a doença são fundamentais para a qualidade do serviço médico veterinário no Brasil.
Palavras-chave: PIF; Imuno-histoquímica; Gatos; Imunomediada.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Michelly Gonçalves Barboza
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 19/12/2018
Resumo: Os tumores neuroendócrinos constituem um grupo heterogêneo de neoplasias raras derivadas de células do sistema neuroendócrino podendo ter comportamento benigno ou maligno. Os tumores neuroendócrinos do pâncreas (pNETs) estão entre os mais comuns e, apesar dos avanços científicos e tecnológicos, ainda são diagnosticados tardiamente, fato que impossibilita uma abordagem terapêutica mais eficaz, determinando uma alta taxa de mortalidade relacionada aos pNETs. Em contraposição ao relatado em outras espécies, tais neoplasias são frequentes em furões gonadectomizados, situando-os como um potencial modelo em patologia comparada, potencialmente útil para a compreensão da biologia dessas condições. No presente estudo foi avaliada a relação entre a classificação histopatológica e o padrão nuclear das células neoplásicas, considerando-se adenomas e carcinomas de pâncreas endócrino. Para tanto, nove pNETs foram classificados histopatologicamente, sendo três benignos e seis malignos. Imagens digitalizadas dos cortes foram obtidas com o uso do fotomicroscópio OPTICAM® a partir de quatro campos de grande aumento (40x) por formação. Em cada formação foram mensuradas 200 células, a partir da delimitação manual de seu núcleo, com o auxílio do cursor. Com o emprego do software Metamorph®, foi procedida a avaliação morfométrica considerando-se as medidas de área e perímetro nucleares. Em média, os núcleos de células carcinomatosas apresentaram valores superiores quando comparados aos de células adenomatosas ( p<0,0001, teste T de Student, não pareado). Tais achados indicam a adequação do uso de parâmetros morfológicos na classificação de pNETs em furões e evidenciam uma analogia com a condição em humanos, na qual a cariometria também é útil na distinção entre as lesões benignas e malignas.
Palavras-chave: Cariometria; Tumores neuroendócrinos pancreáticos; Furões.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Renata Semighini Gaspar
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 19/12/2018
Resumo: Os tumores neuroendócrinos do pâncreas (pNETs), constituem um grupo heterogêneo de neoplasias derivadas de células do sistema neuroendócrino que apresentam baixa incidência na espécie humana e ainda parcialmente compreendidos, sendo de interesse a identificação de modelos animais para o estudo dessa condição. Furões gonadectomizados desenvolvem tumores endócrinos com frequência, dentre eles os pNETs, com incidência estimada de 21 a 25% das neoplasias diagnosticadas na espécie. No sentido de incrementar o conhecimento acerca dessas condições em furões e traçar um paralelo com os pNETs em humanos, nesse projeto investigou-se, com o emprego de método imuno-histoquímica, a expressão de insulina Ki-67 e ceratina 19 em adenomas e carcinomas neuroendócrinos pancreáticos de furões, buscando informações acerca de sua histogênese, atividade proliferativa e evolução. No total, foram avaliadas 9 formações pancreáticas, provenientes de 5 machos e 4 fêmeas, com o predomínio de animais entre 4 e 5 anos de idade, compreendendo 3 adenomas e 6 carcinomas. Todas exibiram positividade para insulina, sugerindo sua derivação de células beta das ilhotas, corroborando a frequente designação de insulinoma, e a funcionalidade tumoral, responsável pelos sinais clínicos apresentados pelos animais portadores de pNETs, diferindo do usual quadro silencioso presente em humanos, nos quais predominam os tumores assintomáticos. Ao contrário do observado em pNETs humanos, nos quais a atividade proliferativa é o parâmetro central para a distinção entre adenomas e carcinomas, não houve diferença significante quanto à atividade proliferativa nos pNETs de furões amostrados. Em complemento, nestes, as células neoplásicas não expressaram ceratina 19, ficando a imunopositividade restrita ao componente ductal glandular. Nesse sentido, a usual preservação da atividade endócrina presente na lesão dos mustelídeos associada à baixa atividade proliferativa e negatividade para a ceratina 19 pode estar relacionada a um perfil tumoral mais indolente, visto que a expressão de ceratina 19 em pNETs em humanos é referida em tumores mais agressivos.
Palavras-chave: pNETs; Furões; CK19; Oncologia; Pancreatopatias.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Paula da Silva Rodrigues
Orientador(a): Maria Martha Bernardi
Data da defesa: 20/12/2018
Resumo: A ivermectina (IVM) é um dos medicamentos antiparasitários mais utilizados no mundo. Investigações anteriores mostraram que a IVM reduz o comportamento sexual devido ao aumento da incoordenação motora. Assim, para verificar se além da incoordenação motora, a administração de ivermectina também prejudica a motivação sexual, foi avaliada a vocalização ultrassônica (USV) dos ratos e a latência para a primeira monta na tentativa de dissociar a motivação da função motora durante a interação sexual. Devido à influência da experiência sexual do macho e da receptividade da fêmea na avaliação, parâmetros como a resposta a monta em estro fisiológico e farmacológico e análise das USVs de machos inexperientes e experientes sexualmente foram analisadas. Os ratos foram divididos em três grupos: (I) machos inexperientes e (II) machos experientes sexualmente, ambos expostos a uma fêmea no estro fisiológico e (III) machos inexperientes expostos a fêmeas no estro farmacológico, sendo coletado neste último grupo os encéfalos para avaliação de tirosina hidroxilase estriatal, buscando avaliar se o comprometimento motor causado pela ivermectina é ocasionado por alterações dopaminérgicas. Nossos resultados mostraram que a latência para a primeira monta e as USVs de ratos experientes expostos à fêmea no estro fisiológico foram reduzidas quando comparadas com ratos inexperientes, diferença que pode ter acontecido devido à aquisição da aprendizagem. Quanto à administração de IVM em ratos experientes expostos a fêmeas no estro fisiológico, notou-se um aumento no número de USVs e a latência para a primeira monta, o que apoia a hipótese de que a IVM não prejudica a motivação sexual e o prejuízo causado no comportamento sexual se deve à incoordenação motora. Porém, em ratos inexperientes tratados com IVM expostos à fêmea no estro farmacológico, apenas a frequência da USV aumentou sem alterações na latência para a primeira monta, apesar da marcação de tirosina hidroxilase no estriado estar aumentada neste grupo. O comportamento de fêmeas em estro fisiológico ou farmacológico não foi diferente entre os grupos. Portanto, sugere-se que nos efeitos da IVM relacionados à motivação sexual é mais importante que a experiência dos ratos do que a própria ação da IVM.
Palavras-chave: Avermectinas; Motivação Sexual; Ultrassons.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
Autor(a): Thiago Albuquerque Viração
Orientador(a): Elizabeth Cristina Pérez Hurtado
Data da defesa: 20/12/2018
Resumo: A ciclofosfamida (CPA) é um quimioterápico antineoplásico que possui efeitos secundários em componentes do sistema imunológico. Devido sua ação imunomoduladora, capaz de influenciar respostas imunidade humoral e imunidade mediada por células, este fármaco é também prescrito para tratamento de doenças autoimunes. Sua utilização por longos períodos de tempo no tratamento destas doenças já foi correlacionado com o aumento de risco para desenvolvimento de câncer de pele não melanoma, porém este aumento ainda não foi associado ao melanoma. A capacidade de modular a resposta imunológica pode também favorecer ou inibir o desenvolvimento de tumores. No melanoma, estudos demonstraram que a CPA pode favorecer uma resposta antitumoral, no entanto, não há relatos sobre a influência deste fármaco no desenvolvimento da doença quando utilizada anterior ao seu desenvolvimento. Considerando os efeitos controversos da CPA no desenvolvimento de tumores, o intuito deste trabalho foi avaliar os efeitos do pré-tratamento com CPA sob o crescimento e progressão do melanoma murino, abordando tanto os mecanismos celulares, como moleculares. Para isto, camundongos C57BL/6 foram pré-tratados com CPA e, posteriormente, inoculados com células B16F10 na região subcutânea do dorso. Resultados obtidos no presente estudo e apresentados em formato de artigo que será submetido à revista Journal of Immunology Research, sugerem que tratamento com CPA reduz população de neutrófilos e macrófagos no microambiente tumoral, o que pode ser um dos mecanismos pelos quais o tratamento com CPA reduz MMP-9 e, consequentemente, reduz o crescimento e progressão do melanoma, melhorando a sobrevida destes animais.
Palavras-chave: CPA; Doenças Autoimunes; Câncer de Pele; Melanoma; Metástases; MMP-9; IL-10; T CD4+.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): William Alves dos Santos
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 20/12/2018
Resumo: Em estudo anterior, experimental, in vivo, observou-se que o tratamento de camundongos inoculados com células 4T1 com Phytolacca decandra em diferentes diluições homeopáticas apresentavam mudanças no crescimento tumoral e na expressão de HER-2. HER-2 (receptor de fator de crescimento epidermal, com atividade tirosina-quinase) é super-expressa em cerca de 30% dos carcinomas ductais invasivos humanos e, por isso, é alvo de tratamentos específicos. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de diferentes diluições homeopáticas de Phytolacca decandra, preparadas segundo a Farmacopéia Homeopática Brasileira, na apoptose, morfologia e expressão de HER-2 em células 4T1 in vitro. Células 4T1 tratadas no momento do cultivo foram analisadas após 24 horas quanto à positividade para anexina V pelo método Countess® para a avaliação da apoptose. A expressão de HER-2 foi avaliada pelo método da imuno-citoquímica e a morfologia das células foi avaliada pelas colorações hematoxilina-eosina e Giemsa, a partir de esfregaços obtidos das células em suspensão. Células tratadas com Phytolacca decandra 200cH mostraram aumento no número de células positivas à anexina V (células em apoptose) e ocorrência de células bi ou multinucleadas. A expressão de HER-2 na superfície celular foi irregular nessas células, bem como nas células tratadas com a diluição 12cH, sugerindo infrarregulação desse receptor. Em suma, os resultados mostram alterações fenotípicas significativas em células 4T1 tratadas com Phytolacca decandra 200cH, as quais merecem estudos mais aprofundados.
Palavras-chave: Câncer de Mama; HER-2; Células 4T1; Homeopatia.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Carolina Vieira Cardoso
Orientador(a): Eduardo Fernandes Bondan
Data da defesa: 21/12/2018
Resumo: A doxorrubicina (DOX), um agente interativo da topoisomerase, é comumente utilizada no tratamento de vários tipos de câncer. Esta droga é conhecida por causar prejuízos cognitivos em indivíduos submetidos à quimioterapia de longo prazo (déficits também chamados de chemobrain). O presente estudo investigou se alterações morfológicas, oxidativas, inflamatórias e comportamentais poderiam ser induzidas por DOX. Ratos Wistar machos foram injetados com DOX (2,5 mg/kg, uma vez por semana, durante 28 dias, via intraperitoneal – IP) ou solução fisiológica a 0,9% (mesmo volume, IP). Durante o período experimental, foram realizados estudos comportamentais, incluindo o teste de campo aberto, o de labirinto em cruz elevada, e os testes de preferência social e de reconhecimento de novo objeto (NORT). Os encéfalos foram coletados e analisados por técnicas de coloração com hematoxilina-eosina e luxol fast blue, bem como por imuno-histoquímica (GFAP – expressão de glial fibrilary acidic protein em astrócitos) em diferentes áreas (córtex frontal, estriado, hipocampo, hipotálamo, camadas granular e molecular do cerebelo). Os parâmetros oxidativos foram também avaliados, tais como substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR), óxido nítrico (NO), ferro e ferritina encefálicos, assim como glutationa em seus estados reduzido (GSH) e oxidado (GSSG). Os níveis séricos e encefálicos de TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10 e CXCL1 foram determinados por ELISA. A análise morfométrica mostrou que os ratos injetados com DOX apresentaram maior expressão de GFAP em todas as áreas analisadas. A administração de DOX também aumentou os níveis dos indicadores oxidativos TBARS, NO e GR, mas diminuiu os níveis encefálicos de GSSG e de ferritina, além de causar prejuízos de memória de reconhecimento, como visto no NORT. Não foram encontrados sinais de desmielinização e/ou perda neuronal. Níveis séricos e encefálicos aumentados de IL-6, IL-8 e CXCL1 foram observados no grupo DOX, embora a IL-10 tenha diminuído. Os resultados sugerem que a astrogliose e o estresse oxidativo induzidos pela DOX podem estar associados aos déficits de memória induzidos pela quimioterapia. Como a DOX possui uma pobre penetração por meio da barreira hematoencefálica, propõe-se que a entrada de citocinas séricas inflamatórias no encéfalo possa causar as mudanças encontradas em nosso estudo.
Palavras-chave: Astrócitos; Déficit Cognitivo; Estresse Oxidativo; Neuroinflamação.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.