Autor(a): Flavio Ricardo Ferreira
Orientador(a): Maria Martha Bernardi
Data da defesa: 12/04/2017
Resumo: Estudos prévios mostraram que as avermectinas, um grupo de antiparasitários, promovem efeitos sexualmente dimórficos em ratos. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos sexualmente dimórficos da administração de ivermectina na idade juvenil em ratos expostos ou não ao estresse, em modelos animais de ansiedade, motores e exploratórios.Métodos: Ratos Wistar machos e fêmeas com 29 e 44 dias de idade foram tratados com 0,2 ou 1,0 mg/kg de ivermectina. Aos 45 dias de idade, metade destes ratos foi observada no campo aberto e labirinto em cruz elevada. A outra metade dos ratos foi submetida a 1 h de estresse pelo sistema “Metrô de Nova York” e observada nos mesmos modelos comportamentais. Na sequência, o sangue foi coletado e os níveis plasmáticos de corticosterona avaliados. Resultados: Nos ratos não estressados do grupo controle e tratados com 0,2 mg/kg de ivermectina foi observado que fêmeas apresentaram maior atividade no campo aberto e no labirinto em cruz elevada que os machos, mas na dose de 1,0 mg/kg não foi observada diferença significativa entre os sexos nos dois comportamentos; somente após o tratamento com 1,0 mg/kg os níveis de corticosterona foram maiores em fêmeas do que em machos. A exposição ao estresse impediu a expressão do dimorfismo sexual em todos os grupos no labirinto em cruz elevado e nos níveis de corticosterona plasmática. Conclusões: A administração da maior dose de ivermectina no período juvenil prejudica o dimorfismo sexual no campo aberto e labirinto em cruz elevada. Atribuiu-se este dado ao aumento dos níveis de corticosterona nas fêmeas que levou a redução das respostas nos dois modelos comportamentais. O estresse modifica apenas o dimorfismo sexual no labirinto em cruz elevado, principalmente por reduzir as respostas em fêmeas. Estes dados sugerem que fêmeas são mais sensíveis aos efeitos da ivermectina, particularmente em comportamentos ligados à ansiedade.
Palavras-chave: Avermectinas; Estresse por Contenção; Campo Aberto; Labirinto em Cruz Elevada; Corticosterona.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Título: Prejuízo no comportamento e dano no sistema reprodutor de ratos Wistar após administração do extrato aquoso dos frutos de Luffa operculata (L.) Cogn.
Autor(a): Cinthia dos Santos Alves
Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
Data da defesa: 21/06/2017
Resumo: A buchinha-do-norte (Luffa operculata, Cucurbitaceae) é usada, popularmente, para aliviar sintomas da sinusite. Informações a respeito da influência da administração da planta sobre o comportamento e sobre o sistema reprodutor de machos não são conhecidas. O presente estudo visou à verificação da influência da aplicação do extrato aquoso de buchinha-do-norte (EBN) em ratos Wistar adultos em relação ao comportamento e ao sistema reprodutor. Foram usados o campo aberto (CA) e o teste claro-escuro (TCE) para avaliação comportamental. Os ratos foram divididos em dois grupos, o grupo de controle (GC) e o grupo experimental (GE). O GE recebeu 1,0 mg/kg por dia de EBN, via oral, durante cinco dias consecutivos, enquanto o GC recebeu água. Após este período, cada animal foi avaliado em CA e em TCE por três min. Depois, os animais foram eutanasiados e os testículos esquerdos foram retirados. No campo aberto, os animais do GE apresentaram diminuição na locomoção e permaneceram menos tempo no centro do aparato, demonstrando uma possível ansiedade. No teste claro-escuro, os animais do GE mostraram maior dificuldade de passar para o lado claro do aparato, com maior permanência no lado escuro, menor deslocamento em ambos os lados, além de terem trocado menos de lado. Estas características podem estar relacionadas ao aparecimento de ansiedade no GE. O peso dos testículos, os pesos relativos, o volume testicular e os eixos craniocaudal e látero-lateral apresentaram aumento em relação ao GC. Alterações microscópicas também foram observadas no parênquima, na luz e no diâmetro dos túbulos seminíferos. A administração de EBN alterou de modo significativo a ansiedade, a locomoção e os testículos de ratos.
Palavras-chave: Buchinha-do-norte; Ansiedade; Sistema Reprodutor; Campo Aberto; Caixa claro-escuro.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Autor(a): Eluane de Lucas da Silva Martins
Orientador(a): Maria Anete Lallo
Data da defesa: 21/06/2017
Resumo: As parasitoses intestinais atingem todas as camadas sociais, no entanto, apresentam elevada prevalência na população de baixo nível socioeconômico, representando um importante problema de saúde pública. A ocorrência de enteroparasitoses em pacientes com deficiência neuropsicomotora tem sido pouco descrita, embora estes indivíduos possuam fatores fisiopatológicos predisponentes. O presente estudo teve por objetivo avaliar a ocorrência de parasitos intestinais em pacientes com transtornos motores e cognitivos atendidos por uma instituição não governamental. Adicionalmente, a pesquisa de enteroparasitoses foi realizada entre os colaboradores e tutores relacionados com os pacientes e a organização. Foram analisadas 84 amostras de fezes coletadas a partir de 53 pacientes que apresentaram histórico de diarreia no período da pesquisa, 21 colaboradores profissionais da instituição e 10 tutores. A pesquisa de parasitos foi realizada pelos métodos de Faust, Lutz/Hoffman, Pons e Janer, método Rugai modificado, tricrômio, Kato-Katz, coloração de Gram-Chromotrope, de Leishman e de Kinyoun. Foi encontrada a prevalência de 15,5% de amostras positivas para enteroparasitos no total de espécimes estudados. Entre os pacientes, a positividade foi de 11,3%, para os colaboradores foi 28,6% e entre os tutores, a prevalência foi 10%, não havendo diferença significativa entre os grupos analisados. O monoparasitismo e a presença de protozoários, em especial Blastocystis hominis, foram as condições mais prevalentes. Conclui-se que a prevalência de parasitos intestinais em pacientes com deficiência neuropsicomotora foi baixa, apesar da referida suscetibilidade intrínseca desta população, fenômeno que pode ser sugestivo de um processo de cuidar muito atento de tutores e profissionais relacionados aos pacientes.
Palavras-chave: Prevalência de enteroparasitos; Deficiência Neuropsicomotora; Pacientes.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Danilo Cabral
Orientador(a): Thiago Berti Kirsten
Data da defesa: 30/06/2017
Resumo: A depressão pode ser desencadeada por fatores imunes/inflamatórios e possui alta comorbidade como o comportamento doentio e a ansiedade. Os medicamentos antidepressivos existentes apresentam eficácia limitada. O zinco e o paracetamol, além de interferirem no sistema imune, já demonstraram efeito benéfico no tratamento da depressão, quando administrados concomitantemente a doses subefetivas dos antidepressivos. O objetivo do estudo foi utilizar o zinco e/ou paracetamol como tratamento do comportamento doentio, da ansiedade e do comportamento tipo-depressivo em ratos. Induzimos o comportamento doentio e tipo-depressivo em ratos Wistar adultos com administrações repetidas de lipopolissacarídeo (LPS, endotoxina bacteriana gram-negativa). Os ratos receberam zinco e/ou paracetamol por três dias consecutivos. Avaliações: (1) comportamento doentio (diariamente pelo peso corporal e atividade geral em campo aberto); (2) ansiedade (teste claro-escuro); (3) comportamento tipo-depressivo/antidepressivo (teste do nado forçado); (4) corticosterona e interferon (IFN)-gama plasmáticos; e (5) proteína glial fibrilar ácida (GFAP) e tirosina hidroxilase (TH) encefálicos. Avaliações 4 e 5 são biomarcadores ligados ao sistema neuroimune e/ou a depressão, para entendimento dos mecanismos envolvidos. O LPS induziu o comportamento doentio e o comportamento tipo-depressivo, assim como elevou os níveis de IFN-gama e a expressão de GFAP nos ratos. O zinco preveniu tanto os prejuízos comportamentais quanto os bioquímicos. Embora o tratamento com paracetamol e a associação zinco+paracetamol tenham revelado aparente efeito benéfico na melhora de alguns parâmetros, não se pode afirmar este ser um efeito robusto. A ansiedade, corticosterona e TH parecem não estarem relacionadas às demais alterações comportamentais e neuroimunes. Assim, pudemos destacar o efeito benéfico do sulfato de zinco no tratamento do comportamento doentio e tipo-depressivo, sem o auxílio de antidepressivos. Além disso, nossos achados relativos ao IFN-gama e GFAP revelaram sua relação com a gênese do comportamento doentio e da depressão e que os tratamentos que tenham a capacidade de interferir com os níveis de IFN-gama e a expressão de GFAP podem auxiliar na melhora dos sintomas desses transtornos.
Palavras-chave: Depressão; Ansiedade; LPS; Comportamento doentio.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Graziella Souza Guimarães
Orientador(a): Elizabeth Cristina Pérez Hurtado
Data da defesa: 17/08/2017
Resumo: O tumor de mama é o tipo neoplasia mais comum entre a população feminina, que representa, na atualidade, um sério problema de saúde pública no mundo todo. Devido à sua alta incidência nos últimos anos, a determinação dos principais fatores de risco de cada população é fundamental para a prevenção, tanto do desenvolvimento da doença como da aparição de metástases, responsáveis pela morte das pacientes com câncer de mama. Assim, o objetivo do presente trabalho foi determinar os principais fatores de risco em mulheres maiores de 30 anos, com suspeita de tumor de mama, atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Atibaia, Estado de São Paulo, no período de janeiro de 2016 a abril de 2017. Os resultados obtidos neste estudo foram organizados em tabelas e gráficos para determinar a diferença de frequências de acontecimento ou não de um determinado evento, além de avaliar a associação entre as variáveis estudadas. A determinação dos principais fatores de risco presente na população estudada contribuirá no desenvolvimento de novas campanhas educativas e/ou mutirões na área da saúde a fim de prevenir o aparecimento desta doença que a cada ano aumenta em cifras alarmantes.
Palavras-chave: Câncer de mama; Prevalência; Incidência; Fatores de risco; Unidades básicas de saúde (UBS); Atibaia.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Autor(a): Michelle Sanchez Correia Aguiar
Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
Data da defesa: 04/12/2017
Resumo: O câncer de mama é o tipo de neoplasia mais frequente na população mundial feminina. A resistência de células tumorais a apoptose é uma característica essencial para o desenvolvimento do câncer. Apoptose, morte celular programada, está ligada a vários mecanismos de controle de crescimento celular. O presente trabalho tem como objetivo avaliar apoptose em célula de adenocarcinoma de mama humano MCF-7, tratada com extratos vegetais citotóxicos. Os 114 extratos foram testados na concentração de 100 µg/mL por 24 h, bem como a curcumina (25 µM / 24h), substância indutora de apoptose usada como referência. A porcentagem de apoptose observada para curcumina foi de 13,4% e foi considerada seletiva. A apoptose foi analisada utilizando o ensaio com anexina V e 7-AAD, por citometria de fluxo. Os extratos selecionados na triagem foram N30, N80, N144, N172, N178, N238, N246, N321, N284, N719, N934, N1062, N1068, N1091 e N1093. Estes extratos foram testados em 6h, 12h e 24h, nas concentrações de 50 µg/mL, 100 µg/mL e 200 µg/mL. O percentual médio de apoptose dos extratos selecionados no tempo de 24 horas na concentração de 100 µg/mL foi de 58,92% - N238, 33,3% - N1091, 29,63% - N172, 28,93% - N178, 21,33% - N284, 21,19% - N30, 20,98% - N1062, 20,85% - N321, 20,63% - N144, 19,30% - N1068, 16,70% - N719, 16,01% - N934, 14,03% - N246, 13,64% - N80 e 13,07% - N1093. Pode-se concluir que os 15 extratos selecionados induzem apoptose nas células MCF-7 e os percentuais de apoptose são maiores quando comparados à curcumina, que apresentou 13,4 % de apoptose nos mesmos parâmetros. Os resultados obtidos mostram que os extratos selecionados possuem um percentual apoptótico superior em relação ao da curcumina, o que sugere um alto potencial como fontes de produtos naturais indutores de apoptose.
Palavras-chave: Câncer de Mama; Extratos de Plantas; Produtos Naturais; Apoptose; Citometria de Fluxo; Anexina V; 7-AAD; Curcumina.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Thiago Campos Parducci
Orientador(a): Selene Dall Acqua Coutinho
Data da defesa: 04/12/2017
Resumo: Dermatófitos são fungos filamentosos queratinofílicos responsáveis por lesões em pele e pelos de animais e seres humanos. Originalmente, sapróbios adaptaram-se ao parasitismo, causando doenças muito comuns nas clinicas humana e veterinária. Os pacientes mais suscetíveis são os que vivem em pequenas comunidades (creches, escolas, etc.) e o nível socioeconômico das populações é fator determinante nessas doenças. O objetivo deste trabalho foi pesquisar fungos dermatófitos em pacientes atendidos em uma instituição beneficente localizada na cidade de Santana de Parnaíba. Foram colhidas amostras clínicas de 164 pacientes, com presença ou não de lesões macroscópicas em couro cabeludo. Os pacientes apresentavam múltiplas deficiências físicas e cognitivas, de idades variadas. As amostras clínicas foram colhidas segundo a técnica de Mariat & Adan-Campos, utilizando quadrados de carpete previamente esterilizados. Todas as amostras colhidas foram refrigeradas e enviadas ao Laboratório de Biologia Molecular e Celular da UNIP dentro de 24 horas. As amostras foram semeadas pressionando-se levemente o carpete sobre uma placa com meio de ágar Mycosel (BD-BBL), a qual foi incubada a 25°C durante o período de quatro semanas. Os fungos isolados foram identificados por suas características morfológicas macro e microscópicas. Não foram observadas lesões cutâneas macroscópicas nos 164 pacientes deste estudo. As amostras clínicas foram obtidas de 67 (40,9%) pacientes do sexo feminino e 97 (59,1%) do sexo masculino, sendo 94 (57,3%) provenientes de crianças de 0-11 anos, 46 (28,0%) de adolescentes de 12-18 anos e 24 (14,6%) de pessoas acima de 18 anos. Isolou-se fungo dermatófito de paciente do sexo feminino com 12 anos de idade, correspondendo a 0,6% (1/164) da população estudada. Por meio das características fenotípicas, o fungo foi identificado como Trichophyton tonsurans. Uma vez que a paciente não apresentava lesões clínicas, agia como portador assintomático, o qual se configura em fonte de infecção para outras pessoas. Constatou-se, nesta pesquisa, baixa prevalência de fungos dermatófitos nos pacientes atendidos na instituição beneficente avaliada. Sugere-se que, mesmo em população de baixo nível socioeconômico, como a que foi aqui avaliada, as dermatofitoses não se configuram em risco individual ou coletivo, se estas pessoas tiverem acesso à assistência educacional, médica e nutricional.
Palavras-chave: Couro Cabeludo; Dermatófitos; Tinea; Trichophyton tonsurans; Zoonoses.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Túlio Roberto Ribeiro Mazuco
Orientador(a): Thiago Berti Kirsten
Data da defesa: 04/12/2017
Resumo: O comportamento doentio é definido pelo conjunto de adaptações comportamentais e neuroimunes específicas, temporárias e benéficas que ocorre em resposta a processos infecciosos/inflamatórios. Porém, o comportamento doentio é um estado motivacional que pode ser modulado pelo contexto ambiental. O comportamento doentio foi induzido em ratos com o lipopolissacarídeo (LPS). Para verificar a melhora na expressão do comportamento doentio nós tratamos os ratos com o selênio. Esses ratos foram expostos ao estresse por contenção, e os seguintes paradigmas foram estudados: cura do organismo x preservação da espécie x luta ou fuga. Estudos da vocalização ultrassônica, dos comportamentos em campo aberto, do peso corporal, dos níveis séricos de IL-1 beta e IFN-gama, e de necropsia e histologia foram realizados. O LPS induziu comportamento doentio em ratos observado pela diminuição da atividade motora e exploratória e pelo aumento dos níveis de mediadores imunes pró-inflamatórios. A suplementação com o selênio não melhorou os sintomas do comportamento doentio. Portanto, a deficiência de selênio não se relacionou com o comportamento doentio. Com relação ao fator estresse, o comportamento dos ratos foi diferencialmente afetado: a exposição ao LPS não afetou o comportamento dos ratos na presença de estresse. Assim, durante eventos estressores, o comportamento doentio foi interrompido para priorizar comportamentos de sobrevivência, como a luta ou fuga. A associação de LPS, selênio e estresse induziu o comportamento doentio mesmo durante eventos estressores e causou a morte de mais da metade dos ratos deste grupo experimental. A necropsia revelou danos severos nas adrenais, fígado, cérebro e especialmente nos pulmões. A síndrome da angústia respiratória do adulto secundária ao choque circulatório foi a causa mortis. Assim, a associação de LPS, selênio e estresse foi tóxica para ratos.
Palavras-chave: Lipopolissacarídeo; Estresse por contenção; Vocalização ultrassônica; Campo aberto; Interleucina (IL)-1 beta; Interferon (IFN)-gama.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Camila Sabaudo Alves
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 06/12/2017
Resumo: O número crescente de processos oncológicos em cães tem determinado uma progressiva demanda por métodos diagnósticos mais acurados, objetivando a rápida e adequada caracterização da doença, permitindo a seleção do protocolo terapêutico mais adequado. Nesse sentido, a imuno-histoquímica apresenta-se como uma ferramenta potencialmente relevante. Neste estudo são relatados aspectos clínico-patológicos e imuno-histoquímicos de dois casos de lesões neoplásicas pouco frequentes em cães, nos quais o emprego de painel imuno-histoquímico foi relevante em termos de diagnósticos e prognósticos.
Palavras-chave: Cães; Imuno-histoquímica; Oncologia; Patologia Veterinária.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Felipe Artur Vieira Santos
Orientador(a): Vicente Borelli
Data da defesa: 06/12/2017
Resumo: O objetivo foi descrever os aspectos anatômicos das vias bilíferas da paca. Foram utilizados 15 (quinze) fígados de paca do sexo masculino (machos), adultos, efetuando a sistematização das vias bilíferas mediante a injeção com neoprene látex, na cor branca, fixado em solução aquosa de formol a 10%, e depois de dissecado. Observou-se uma tetraconvergência em 73,36% dos fígados analisados, o ducto colédoco (DC) encontra-se formado pela união de quatro ductos: ducto hepático direito (DHD), ducto hepático esquerdo (DHE), ducto cístico (DCI) e ducto papilar (DP), esse proveniente do processo papilar do lobo caudado, em 19,98%, observou-se a pentaconvergência do DC, formando pelo DHD, DHE, DCI, DP e ducto lateral esquerdo (DLE), e também se encontrou em 6,66% uma triconvergência do DC, formado pelo DHD, DHE e DCI. Portanto, em relação ao comportamento das vias bilíferas, observou-se na paca, a presença do ducto papilar, ocorrendo uma variação anatômica.
Palavras-chave: Anatomia; Roedores; Paca; Fígado; Sistema Biliar.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Simone Alves dos Santos
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 13/12/2017
Resumo: Os furões são mamíferos carnívoros com uso crescente como animais de estimação. São importados já gonadectomizados, evento associado a um incremento na ocorrência de neoplasias. Particularmente, as neoplasias endócrinas são as mais relatadas na espécie, destacando-se as pancreáticas, adrenais, testiculares, ovarianas e tireoidianos. O presente estudo enfoca a casuística de formações adrenocorticais em furões, considerando-se sua distribuição etária e por gêneros, aspectos macroscópicos e padrões microscópicos. Foram analisadas 145 lesões, procedendo-se à sua descrição macroscópica, inclusão em parafina e avaliação microscópica em cortes de 5mm corados por hematoxilina-eosina. Os processos concentraram-se em animais entre 4 e 5 anos, havendo maior precocidade lesional em fêmeas. À semelhança do caracterizado em humanos, predominaram as lesões benignas (68,27% dos casos), divididas em cistos, hiperplasias e adenomas. Os carcinomas foram mais frequentes em machos, caracterizando-se pela maior faixa etária média dentre as condições diagnosticadas. Exibiram maiores dimensões em relação aos processos benignos, áreas necróticas, invasão capsular, incremento mitótico, embolização vascular e eventual produção de mucina. De maneira geral, as formações adrenocorticais em furões apresentaram grande analogia com os mesmos processos diagnosticados em humanos, mostrando potencial para sua utilização como modelo em patologia comparada.
Palavras-chave: Adrenais; Neoplasmas; Furões.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Mirian Yaeko Dias de Oliveira Nagai
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 15/12/2017
Resumo: Encephalitozoon cuniculi é um fungo que age como um patógeno intracelular e infecta diferentes tipos celulares. Nos coelhos e animais imunossuprimidos de outras espécies, incluindo humanos, ele parasita tecidos nervosos e causa uma síndrome neurológica muito característica, sendo esta infecção uma preocupação zoonótica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de macrófagos infectados com E. cuniculi após o tratamento com altas diluições de Phosphorus in vitro. Para isso, culturas de macrófagos RAW 264.7 e E. cuniculi expostas a diferentes diluições de Phosphorus foram analisadas de acordo com os seguintes parâmetros: fagocitose, atividade lisossomal, produção de citocinas/quimiocinas e análise ultraestrutural. A solução controle foi o veículo usado para produzir a matriz dos medicamentos testados (30% de álcool diluído 1:100 em água, sendo 0,06% a concentração final de álcool). As avaliações foram realizadas 01 e 24 horas pós-infecção. Fagocitose e atividade lisossomal foram avaliadas usando, respectivamente, os métodos de coloração calcofluor e laranja de acridina, seguida de análise automática de imagem (Ofline Metamorph®). A produção de citocinas foi avaliada usando o sistema MAGPIX-LUMINEX. Os experimentos foram realizados em triplicata. O próprio veículo pôde aumentar a produção de IL-6, TNF-alfa e MCP1 (p<0,04), reduzindo o número de parasitas fagocitados (p<0,001). Um aumento transitório de RANTES foi visto após 1 hora do tratamento com Phosphorus 200cH, seguido do aumento da atividade lisossomal na primeira e 24 horas do tratamento (p<0,002). As características ultraestruturais dos parasitas internalizados após o tratamento com Phosphorus 200cH mostraram evidências de uma atividade mais intensa de digestão do parasita em relação a células tratadas apenas com o veículo. Os resultados mostram que o tratamento dos macrófagos infectados com Phosphorus 200cH causa mudanças significantes na sua atividade, sugerindo mais mecanismos para entender a melhora clínica de animais doentes, vista após o tratamento com este medicamento.
Palavras-chave: Encephalitozoon cuniculi; Macrófagos; Phosphorus; Modelos In Vitro; Homeopatia.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Pietro Domingues Dossa
Orientador(a): Eduardo Fernandes Bondan
Data da defesa: 15/12/2017
Resumo: O maropitant é um antagonista do receptor de NK-1 e um antiemético amplamente utilizado em cães e gatos. Diversas evidências sugerem que o maropitant possui efeitos anti-inflamatórios e ansiolíticos. Os astrócitos possuem receptores NK-1 e se caracterizam pela presença de prolongamentos dotados de filamentos intermediários, cujo componente básico é a proteína glial fibrilar ácida (GFAP), principal marcador para este tipo celular. O objetivo do presente estudo foi o de analisar se o maropitant tem o potencial de alterar a expressão astrocitária de GFAP e o comportamento de ratos expostos ao modelo de comportamento doentio induzido pelo LPS. Foram utilizados 40 ratos Wistar machos, divididos nos seguintes grupos: SAL - solução salina 0,9% (IP), MAR - maropitant (20mg/kg,IP), LPS - LPS (100 µg/kg,IP), LPS + MAR - LPS + maropitant. Os animais foram submetidos aos testes comportamentais de campo aberto, que avaliam, principalmente, a atividade motora e exploratória, em que foram aferidos os parâmetros: frequência locomotora, grooming, rearing e contagem de bolos fecais. Os animais também foram submetidos ao teste claro-escuro, que avalia principalmente a ansiedade, em que foram aferidos os parâmetros: tempo de permanência nos compartimentos claro e escuro, rearing e frequência locomotora. Foi realizada a coleta do encéfalo para análise imuno-histoquímica da expressão astrocitária de GFAP. Nossos resultados demonstram que o maropitant teve capacidade de agir no comportamento ansioso nos testes de campo aberto e claro/escuro, porém não suprimiu o comportamento doentio no grupo tratado com LPS. A expressão de GFAP diminuiu no grupo LPS+MAR em relação ao grupo LPS, demonstrando que o maropitant conseguiu reduzir a ativação astrocitária causada pelo LPS. Pode-se concluir que o maropitant foi capaz de atenuar a astrogliose induzida pelo LPS e promoveu redução da defecação, porém não alterou o comportamento doentio causado pelo LPS.
Autor(a): Jéssica Feliciana Codeceira
Orientador(a): Maria Anete Lallo
Data da defesa: 19/12/2017
Resumo: Malassezia (M.) sp. é um gênero amplo de fungos que faz parte da microbiota da pele em muitos animais, incluindo o homem. Estudos têm demonstrado que Malassezia são capazes de modular a produção de citocinas pro e anti-inflamatória por queratinócitos e monócitos humanos. Encephalitozoon (E.) cuniculi são fungos intracelulares obrigatórios que determinam doenças emergentes em humanos e outros animais, com relevância econômica. Ante essa capacidade imunomoduladora, foi objetivo deste estudo avaliar a atividade do extrato de M. pachydermatis na resposta de macrófagos ante a infecção pelo E. cuniculi. Para tanto, uma suspensão de M. pachydermatis foi submetida à fervura por 30 minutos, filtrada e utilizada como extrato para estimular macrófagos da linhagem Raw 264.7. Posteriormente, os macrófagos foram infectados com esporos de E. cuniculi (2:1) e avaliados aos 15, 30, 60 minutos e 48 horas. Foi dosada nas culturas de macrófagos a quantidade de peróxido de hidrogênio. O sobrenadante foi submetido à análise de óxido nítrico. Com a coloração de Calcoflúor foi realizada a contagem de esporos de E. cuniculi fagocitados e determinados o índice fagocítico (IF) e capacidade fagocítica (CF). Foi avaliada a atividade microbicida e fagocítica pela microscopia eletrônica de transmissão (MET). Os macrófagos não tratados tiveram CF, IF e quantidades de esporos fagocitados maiores que os tratados, porém pela MET observou-se que nos macrófagos tratados a atividade microbicida foi mais rápida, já que nos vacúolos fagocíticos havia poucos esporos em diferentes graus de degeneração e pouca quantidade de material amorfo. Os macrófagos tratados tiveram maior produção de peróxido de hidrogênio e apresentaram aumento na secreção das citocinas, excetuando-se o TNF-alfa que teve diminuição em 15 minutos. Em conjunto, esses resultados demonstraram que o tratamento com o extrato de M. pachydermatis foi capaz de aumentar a atividade microbicida e fagocítica de macrófagos infectados com E. cuniculi.
Palavras-chave: Encephalitozoon cuniculi; Extrato de Malassezia; Macrófagos; Fagocitose; Citocinas.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Marisa Alves de Oliveira
Orientador(a): Maria Martha Bernardi
Data da defesa: 21/12/2017
Resumo: Os camundongos mutantes bate-palmas ("aplaudir", símbolo - bapa), induzidos pela substância química mutagênica ENU e afetados por uma mutação recessiva, apresentam incoordenação motora, evidenciada por alterações posturais com movimentos anormais dos membros posteriores quando levantados pela cauda. Uma vez que o comportamento motor está relacionado ao sistema dopaminérgico, este trabalho avaliou comportamentos relacionados ao sistema dopaminérgico central neste mutante. Métodos: foram utilizados camundongos mutantes bapa machos e camundongos BALB/c (linhagem selvagem-WT). O teste de campo aberto e a coordenação motora em trave elevada foram empregados para avaliar os comportamentos exploratórios / motores. O labirinto em cruz elevado foi usado para estudar a ansiedade e a memória emocional. A estereotipia induzida pela apomorfina e os efeitos dos antagonistas de receptores D1 e D4 dopaminérgicos, SCH-23.390 e clozapina, respectivamente, foram empregados para verificar a participação destes receptores nas alterações motoras observadas. Principais resultados: em relação aos camundongos WT, os camundongos bapa mostraram: 1) aumento da atividade geral observada no campo aberto durante 4 dias, após exposição a um novo objeto no quinto dia de observação e na latência para atravessar a trave elevada; 2) nenhuma alteração no comportamento de ansiedade e memória emocional observadas no labirinto em cruz elevado; 3) aumento do comportamento de farejar e diminuição do tempo de imobilidade sem diferenças no comportamento de levantar após administração de apomorfina; 4) em ambas as linhagens, o antagonista SCH-23.390 bloqueou todos os parâmetros da estereotipia induzida pela apomorfina, mas o comportamento de farejar foi atenuado nos camundongos bapa; 5) a clozapina não afetou o comportamento do farejar e o tempo de imobilidade, mas reduziu o comportamento de levantar em ambas linhagens. Conclusões: a hiperatividade dos camundongos bapa, pelo menos em parte, é devida a uma hiperatividade do sistema dopaminérgico central, envolvendo principalmente os receptores D1.
Palavras-chave: Campo Aberto; Trave Elevada; Estereotipia; Apomorfina; Clozapina; SCH-23,390.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Autor(a): Renata Rossettini Palombo Pedro
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 21/12/2017
Resumo: O principal desconforto em relação à homeopatia diz respeito ao seu mecanismo de ação e embora existam muitas hipóteses sobre como o medicamento homeopático age no organismo ainda há lacunas a serem preenchidas. Objetivo: Correlacionar os padrões de efeitos biológicos já descritos com os padrões físico-químicos do Antimonium crudum (AC), a fim de lançar uma pista sobre o estudo dos mecanismos de ação. Métodos: Antimonium crudum foi utilizado nas diluições 6 cH, 30 cH e 200 cH para verificar a morfologia das partículas presentes no sistema dinamizado por meio de microscopia eletrônica de varredura e também da condutividade das amostras. O padrão de cada diluição foi igualmente analisado por meio da interação entre os sistemas homeopáticos e os corantes solvatocrômicos (ET33 e BDN) pela leitura da absorbância no espectrofotômetro UV-visível. Resultados: A análise morfológica de amostras de Antimonium crudum no microscópio eletrônico de varredura revelou que o tamanho e o número de micropartículas eram menores em 30 cH do que em 6 cH, sendo que a maioria em forma de meia-lua. No entanto, a dinamização de 200 cH apresentou grandes (mas pouco frequentes) aglomerados dessas partículas. A condutividade foi menor no veículo (30% de álcool), em comparação com as potências (diluições homeopáticas) 6 cH, 30 cH e 200 cH (p=0001), sendo a condutividade em 200 cH superior às demais potências (p=0,008). Os resultados apontam para a possibilidade de eventuais efeitos inespecíficos na fagocitose nos casos de estudos in vitro. Os dados obtidos da espectrofotometria revelam que houve aumento nos picos de absorbância em comprimentos de onda determinados para cada corante quando comparamos os medicamentos nas potências 30 cH e 200 cH e os controles (água pura e água dinamizada). A potência 6 cH mostrou efeitos similares aos controles. Discussão e conclusão: Os dados obtidos na condutância e na espectrofotometria corroboram a hipótese de interação eletrônica entre as moléculas de água das preparações. Assim sendo, a avaliação global dos resultados sugere a existência de um marcador eletrônico associado aos efeitos biológicos de altas diluições de Antimonium crudum e reforça a necessidade de mais estudos sistemáticos sobre tais variáveis.
Palavras-chave: Homeopatia; Condutância; Marcador Eletrônico; Antimonium Crudum.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Augusto César Baldassi
Orientador(a): Mario Mariano
Data da defesa: 22/12/2017
Resumo: O camundongo Balbc-XID (XID) é um animal deficiente de célula B1. Esses animais são mais susceptíveis à obesidade induzida pela dieta, além de possuírem maior predisposição a desenvolver intolerância à glicose. Esse fato ocorre pela ação anti-inflamatória que a célula B1 possui. O objetivo desse estudo foi caracterizar se o animal XID seria um modelo de obesidade e intolerância à glicose ao final da dieta hiperlipídica e normolipídica administradas por 3 meses. Métodos: foram avaliados: 1) ganho de tamanho semanal por 3 meses; 2) ganho de peso semanal e o índice de Lee ao final dos 3 meses; 3) peso da gordura retroperitoneal e gonadal após os 3 meses; 4) o tamanho dos adipócitos subcutâneos, e 5) teste de tolerância à glicose ao final das dietas administradas. Resultados: Em relação ao animal Balbc-Normal, tratado com ração normolipídica, o animal XID (tratado com ração hiperlipídica) desenvolveu: 1) ganho de peso e índice de Lee maior; 2) maior acúmulo de gordura retroperitoneal e gonadal; 3) maior área e quantidade de adipócitos subcutâneos, e 4) desenvolveu intolerância à glicose. Conclusão: o camundongo XID representa um excelente modelo para o estudo dos efeitos da obesidade induzida pela dieta hiperlipídica e intolerância à glicose.
Palavras-chave: Obesidade; Sobrepeso; Modelo Animal; Camundongo Mutante; Intolerância à glicose.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Autor(a): Ligia Bocamino Viebig
Orientador(a): Eduardo Fernandes Bondan
Data da defesa: 22/12/2017
Resumo: Uma grande variedade de drogas é utilizada em situações de dor aguda, crônica e neuropática. Os efeitos pelos quais certos analgésicos agem sobre as células do sistema nervoso central, incluindo astrócitos, não são totalmente compreendidos. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi o de observar, após administração de doses de curta duração de fluoxetina, dipirona, carbamazepina, amantidina e quetamina S, a expressão da proteína glial fibrilar ácida (GFAP) no córtex frontal, hipotálamo e substância cinzenta periaquedutal (PAG). Para isso, ratos Wistar foram divididos em 6 grupos com 6 animais cada: Grupo 1: Solução salina 0,9% - 1ml, via intraperitoneal (IP), Grupo 2: fluoxetina-10 mg/kg (IP), Grupo 3: carbamazepina, 40 mg/kg (IP), Grupo 4: dipirona, 200 mg/kg (IP), Grupo 5: amantadina, 100 mg/kg (IP) e Grupo 6: cloridrato de quetamina S, 100 mg/kg (IP). Após 10 dias, foi realizada a colheita das amostras de encéfalo para estudo imuno-histoquímico para a GFAP. Nossos resultados demonstram que todas as drogas administradas aumentaram a expressão da GFAP no hipotálamo e no córtex frontal em relação ao grupo salina. Na PAG, apenas a amantadina, a fluoxetina e quetamina aumentaram essa expressão. Pode-se concluir que todas as drogas tiveram capacidade de alterar a expressão de GFAP, que variou de acordo com a região observada. Mais estudos devem ser feitos a fim de esclarecer os efeitos desses analgésicos em astrócitos, tanto na ausência como na presença de estímulos nocivos.
Palavras-chave: Astrócitos; Dor; GFAP.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Mario Jose dos Santos Junior
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 27/12/2017
Resumo: O diagnóstico diferencial de formações nodulares adrenocorticais representa um desafio ao patologista, dada à sobreposição de características morfológicas entre condições benignas e malignas. O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação da morfometria nuclear na distinção entre esses processos em cães e furões (Mustela putorius furo). Para tanto, foram reunidas 20 lesões nodulares adrenocorticais, provenientes de adrenalectomias em furões e cães. Todas as amostras utilizadas neste estudo foram fixadas em formalina e submetidas a processamento histológico de rotina. Para cada amostra, foram realizados cortes de 5 µm de espessura para exame histológico. Histopatologicamente, foram diagnosticados em cães, 4 hiperplasias, 2 adenomas e 4 carcinomas. Nos furões, 3 hiperplasias, 2 adenomas e 5 carcinomas. A partir de imagens obtidas com o microscópio Opticam® acoplado à câmara, procedeu-se à morfometria nuclear com o emprego do software Metamorph®, delineando-se manualmente, com o cursor, os núcleos das células parenquimatosas nas lesões adrenocorticais, avaliando-se área e perímetro nucleares. O diagnóstico histopatológico foi realizado a partir de critérios previamente descritos em literatura para as lesões adrenocorticais em humanos, destacando-se o pleomorfismo celular, atividade mitótica, invasão capsular e embolização vascular nas condições malignas. Foi identificada diferença estatisticamente significante, em área e perímetro nucleares, entre lesões benignas e malignas, em ambas as espécies (p<0,0001, teste t de Student). Tais achados reforçam a relação entre arquitetura nuclear e função celular e sinalizam para a possibilidade do uso da citologia no diagnóstico diferencial entre lesões benignas e malignas adrenocorticais.
Palavras-chave: Cães; Cariometria; Furões; Tumor de Adrenal.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.