Autor(a): Aline Finco Perinelli
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 24/02/2012
Resumo: A casuística de neoplasmas orais em cães é elevada e ocupa o quarto lugar em ocorrência de todas os neoplasmas diagnosticados nos cães e gatos. Os sinais clínicos mais frequentes são halitose, disfagia, sialorreia, dor e edema facial. O procedimento diagnóstico mais utilizado nestas situações é a histopatologia, uma alternativa diagnóstica à avaliação citológica, menos invasiva, mais rápida e de menor custo, com a vantagem adicional de prescindir de anestesia geral e possibilitar, a partir de um diagnóstico prévio, o adequado planejamento do ato cirúrgico. No entanto, são escassos no âmbito veterinário, estudos relativos ao método de colheita mais adequado para o diagnóstico citológico de formações bucais caninas. Neste estudo avaliou-se a eficácia diagnóstica associada a quatro métodos de colheita: decalque, escovação, escarificação e punção aspirativa por agulha fina, a partir de formações bucais provenientes de 12 cães. Predominaram lesões fibrocíticas benignas. As amostras citológicas foram examinadas com o uso de escores, avaliando-se os resultados com tabelas de contingência 2x2. Todas as técnicas apresentaram elevada especificidade, com sensibilidade inferior em amostras colhidas por decalque. A colheita por escovação ofereceu resultados mais favoráveis, associando celularidade, representatividade e preservação celulares, apresentando-se como uma alternativa de eleição para o diagnóstico preliminar de formações bucais em cães.
Palavras-chave: Citologia Bucal; Cytobrush; Tumores Orais; Cães.
Área de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
Linha de Pesquisa: Aspectos moleculares da diferenciação e transformação celular do sistema hematopoiético.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação celular.
Autor(a): Jenifer Cardoso Pereira Bom
Orientador(a): Maria Anete Lallo
Data da defesa: 27/02/2012
Resumo: Com objetivo de estudar a ação de compostos bioativos presentes no extrato de tomate e de alho na prevenção e no desenvolvimento do tumor experimental de Ehrlich em camundongos Balb-c, foram utilizados machos, 25 e 30 g de peso, os quais foram separados aleatoriamente em quatro grupos experimentais: Grupo Controle (GC, n=8): recebeu apenas água, Grupo Tomate (GT, n=8): recebeu suspensão de molho de tomate a 2 %, Grupo Alho (GA, n=8): recebeu suspensão de alho a 2 %, Grupo Alho/Tomate (GAT, n=8): recebeu suspensão de alho e molho de tomate, ambas a 2 % para cada composto. Durante vinte e quatro dias (24), os animais dos grupos GA, GT e GAT receberam os compostos bioativos oferecidos ad libitum, como única fonte de água, e o grupo GC recebeu apenas água esterilizada. No 25º dia, todos os animais foram inoculados com o tumor experimental de Ehrlich (0,2 mL de solução contendo 5 x 107 células, por via intraperitoneal) e continuaram a receber os tratamentos. No 12º dia após a inoculação do tumor, todos os animais foram submetidos à eutanásia e procedeu-se à coleta do líquido ascítico e à contagem do número total de células tumorais em câmara de Neubauer. A produção de óxido nítrico (NO) foi determinada pelo método de Griess, pela mensuração de nitritos. Os animais do grupo GAT apresentaram menor média de ganho de peso quando comparados aos outros grupos, no período anterior à inoculação do tumor. Após a inoculação do tumor experimental de Ehrlich, não ocorreu diferença estatisticamente significante no ganho de peso entre os grupos estudados. Os grupos que receberam os tratamentos experimentais - alho, tomate e alho+tomate, tiveram maior crescimento tumoral em relação ao grupo controle. Os valores de NO produzidos foram equivalentes entre os grupos experimentais. Pode-se concluir que os compostos bioativos do extrato de alho e/ou de tomate aumentaram o crescimento do tumor ascítico de Ehrlich.
Palavras-chave: Extrato aquoso de alho; Extrato aquoso de tomate; Tumor experimental de Ehrlich.
Área de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
Linha de Pesquisa: Modelos experimentais em imunopatologia e imunotoxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Denise Langanke dos Santos
Orientador(a): Maria Anete Lallo
Data da defesa: 01/10/2012
Resumo: Imunodeficiência viral felina (FIV), leucemia viral felina (FeLV) e peritonite infecciosa felina (PIF) são doenças infecciosas sistêmicas, imunomediadas e progressivamente fatais prevalentes em gatos. O objetivo deste estudo descritivo e retrospectivo foi determinar a prevalência da FIV, FeLV e PIF na população de gatos atendidos no Hospital Universitário da Universidade Anhembi Morumbi de São Paulo, no período de 2003 a 2011, para, assim, contribuir com o entendimento do perfil epidemiológico dessas doenças no Brasil. Avaliou-se uma amostra de 4.357 felinos atendidos no período do estudo. Destes, 99 animais eram positivos para uma das doenças infecciosas estudadas, sendo que 52 (53,55%) eram fêmeas e 47 (47,45%) eram machos; 70 (70,70%) animais não tinham raça definida, 22 (22,22%) eram gatos da raça siamês, 05 (5,05%) eram gatos persas e 02 (2,02%) eram gatos exóticos. Os animais entre um mês e um ano de idade compreendiam 38,38% (38 gatos) da população estudada, 13,13% (13 gatos) possuíam entre um e três anos, 10,10% (10 gatos), de três a cinco anos, 36,36% (36 gatos) tinham idade superior a cinco anos, e de 2,02% (02 gatos) não foi obtida a data de nascimento. Foram utilizados o teste imunoenzimático de ELISA, para a detecção de anticorpos contra FIV e FeLV, e o exame de eletroforese de proteínas, para identificação de PIF. A prevalência das doenças infecciosas testadas foi de 2,27% (99/4357), sendo que 49 (1,12%) gatos foram positivos para PIF, 34 (0,78%) felinos foram positivos para FIV e 16 (0,36%) felinos, positivos para FeLV. A idade média dos gatos acometidos pelas doenças infecciosas avaliadas neste estudo esteve na ordem de 2,5 (± 4,8) anos; respectivamente, as médias foram 1,23 (± 1,07), 4,78 (± 4,53) e 8,04 (± 3,81) anos para os felinos com PIF, FeLV e FIV. Não foi observada predisposição sexual quando analisados apenas os atendimentos dos 4.357 felinos (dos quais 53,78% eram machos e 46,22%, fêmeas), ou quando analisados apenas os casos positivos para as três doenças em conjunto, sendo obtidos dados que apontam 53,55% de ocorrência para as fêmeas e 47,55% para os machos. Quando analisadas as doenças individualmente, encontramos significância estatística nos casos positivos de FeLV, com 75% para os animais fêmeas e 25% para os machos. Nos casos de FIV, a significância estatística para felinos machos positivos foi de 61,76%; nas fêmeas, a ocorrência foi de 38,23%. Nos casos de PIF, a variação estatística não foi significativa: 46,93% eram animais machos e 53,06%, fêmeas positivas. As principais comorbidades encontradas foram: estomatite/gengivite e infecções fúngicas, para os felinos infectados com FIV, linfomas e infecções fúngicas, notadamente micoplasmose, nos animais positivos para FeLV, e ascite, hiporexia e apatia nos animais com PIF. É importante ressaltar que, nestes últimos, os animais vieram a óbito em 34,69% dos casos durante o primeiro atendimento hospitalar; em 12,24% dos casos o proprietário optou pela eutanásia entre o primeiro atendimento e até uma semana após o diagnóstico.
Palavras-chave: Prevalência; Imunodeficiência Viral; Leucemia Viral; Peritonite Infecciosa; Felinos Domésticos.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec – Clínica e doenças infecciosas veterinárias.